A aplicação externa de calor ou frio é um dos tratamentos mais antigos. É eficaz e proporciona efeito imediato.
O calor atua relaxando os músculos e facilitando a circulação através da vasodilatação, acalmando assim a dor e diminuindo um pouco e impedindo o edema local.
O frio age pela contração dos vasos sanguíneos, a dor local e impede a formação de hematomas e abcessos. Em certos tipos de ferimentos abertos, controla a hemorragia.
O que é o tratamento Frio ou Calor?
Toda vez que sofremos um traumatismo físico, o primeiro sinal é a dor. A dor evita que continuemos a traumatizar a região e conseqüentemente diminui os efeitos da lesão (inflamação). Nosso corpo apresenta receptores nervosos que são estimulados quando ocorre o trauma e causam a dor. Algumas substâncias químicas são liberadas na hora da lesão e levam a um aumento no calibre do vaso sanguíneo. A conseqüência disto é o aparecimento do inchaço (edema), o aumento do calor local e a vermelhidão (hiperemia). Estes sinais são conhecidos como processo inflamatório.
Como é feito esse tratamento?
O combate a este processo inflamatório através do gelo (crioterapia), ocorre pelo resfriamento do local lesionado ocorrendo uma diminuição do metabolismo local assim como do sangramento e do hematoma através da constrição do vaso sanguíneo resultando na diminuição do inchaço. A dor diminui devido ao bloqueio dos impulsos dolorosos emitidos pêlos receptores nervosos locais. A temperatura local após a compressa fria dependerá do tempo de aplicação, área aplicada e temperatura da compressa. De uma forma geral o frio é o tratamento de escolha para os traumas agudos (até 72 h do trauma) ou conforme orientação médica. Colocamos a compressa fria à temperatura de 5 a 10 graus, durante 15 minutos com intervalo mínimo de 1 hora. O frio não tem efeito em processos inflamatórios crônicos. Há vários métodos de aplicação de frio como massagem com gelo, imersão, bolsa de gel, frio químico, etc.
O tratamento com uso de calor local ou termoterapia é melhor indicado na fase de reabilitação pós traumática. Sua analgesia é devido à diminuição dos impulsos nervosos que estimulam a dor, por um aumento da irrigação sanguínea local e melhora do espasmo muscular, do movimento articular e flexibilidade. O calor superficial é feito através de bolsas térmicas (água e gel), a forma mais fácil e corriqueira de aplicação de calor. Deverá ser usado durante aproximadamente trinta minutos e sua temperatura não deverá ser superior à da água de um banho quente de chuveiro. Já o calor profundo é feito através de aparelhos de ultra-som e ondas curtas e deverá ser supervisionado por médico e fisioterapeuta.
O contraste
Os banhos de contraste com frio e calor são bastante empregados nas recuperações de fraturas e lesões ligamentares, numa fase tardia. As ações vasodilatadoras do calor e vasoconstritoras do frio, alternadas, ajudam a diminuir o processo inflamatório e o inchaço.
DICAS:
Tanto o uso de calor quanto o do frio em pacientes com alterações neurológicas (sensibilidade), vasculares ou psíquicas, deve ser supervisionado por médico, pois do contrário poderão ocorrer lesões locais graves e de difícil tratamento.
Fonte: ALTANA (www.altanapharma.com.br)
APLICAÇÕES QUENTES
Tem como indicação proporcionar conforto e bem estar, aliviando a dor e inflamação.
O calor é aplicação através de: bolsas de água quente, compressas quentes.
Material:
Bolsa de borracha, forro para cobrir a bolsa, de preferência flanela, água quente a 55ºC.
TÉCNICA PARA APLICAÇÃO DE BOLSA DE ÁGUA QUENTE:
- certificar-se do local que deverá receber a aplicação;
- orientar o paciente sobre o procedimento;
- reunir o material;
- testar as condições da bolsa, para não ocorrer vazamento;
- colocar a água quente na bolsa, retirar todo o ar do interior da mesma e fecha-la.
- Virar a bolsa com o gargalho para baixo, observar se está bem fechada e enxuga-la.
- Cobrir a bolsa com o forro e observar se a temperatura através do pano está adequada.
- Aplicar no local indicado e deixar no local no mínimo 20 minutos e no máximo 40 minutos;
- Avaliar as condições da pele no local, 2 ou 3 minutos após a aplicação da bolsa para certificar-se de que essa temperatura não vai causar queimaduras no paciente.;
- Terminada a aplicação, retirar a bolsa e manter a região agasalhada para evitar corrente de ar.
- Deixar o paciente em ordem e confortável;
- Esvaziar a bolsa e pendura-la com o gargalho para baixo até secar;
- Anotar o procedimento e o efeito no relatório.
APLICAÇÕES FRIAS
Tem como indicação acalmar a dor, diminuir a congestão local, abaixar a febre e controlar hemorragia.
A aplicação fria é realizada através de bolsa de gelo e de compressas geladas.
Material:
Bolsa de borracha, tecido para cobrir a bolsa e gelo picado.
TÉCNICA PARA APLICAÇÃO DE BOLSA DE GELO
- seguir os mesmos cuidados descritos na aplicação de bolsa quente e mais.
- Colocar as pedras de gelo na bolsa, enchendo até a metade;
- Fechar a bolsa, testar se não há vazamento e enxuga-la
- Envolver a bolsa com a coberta, (toalha, flanela)
- Aplicar no local e deixar o tempo que for indicado, conforme prescrição médica;
- Trocar o gelo sempre que necessário se o tempo da aplicação for prolongado.
- Retirar a bolsa ao termino da aplicação, verificar o local observando o resultado;
- Deixar o paciente confortável e em ordem
Anotar o procedimento e o resultado no relatório de enfermagem.
Cuidados importantes
- Observar constantemente a área de aplicação. Qualquer alteração da pele e queixas do paciente, suspender o procedimento e comunicar o médico.
- Em pacientes idosos, inconscientes, desnutridos e crianças deve se ter cautela quanto ao limite da temperatura, devido à maior sensibilidade da pele.
- Nunca colocar bolsa com água quente debaixo do paciente para evitar compressão excessiva da mesma, pois resulta em vasamento, e queimaduras ao paciente.
- Não fazer aplicação de bolsa de gelo além de 30 minutos devido ao risco de causar necrose.
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