30 de setembro de 2011

Dia Mundial do coração!!!!


O Dia Mundial do Coração é comemorado nesta sexta-feira, dia 30, mas a Organização Mundial da Saúde – OMS já divulgou nesta quinta-feira, 29, dados graves sobre a principal causa de morte no mundo inteiro: as doenças cardiovasculares.

Segundo a OMS, a cada ano 17,3 milhões de pessoas morrem no mundo pelas doenças cardiovasculares e 80% dos casos são registrados em países de baixa e média renda. Em 2030, o total de mortes por essas doenças deve chegar até 23,6 milhões. Os óbitos provocados por essas doenças representaram 30% do total registrado globalmente em 2008.

Pressão alta, taxas de colesterol e glicose elevadas, sobrepeso e obesidade, baixa ingestão de frutas e verduras, fumo e sedentarismo são os fatores de risco das doenças cardiovasculares. As expectativas são de que as economias de países como o Brasil, Índia, China, África do Sul e México registrem juntamente uma perda de 21 milhões de anos de vida produtiva em função de mortes precoces provocadas por este tipo de enfermidade.

De acordo com a ONG Federação Internacional do Coração, essas doenças têm afetado historicamente a parcela da população com maior escolaridade e boa renda, em países que estão em desenvolvimento. Porém, esse cenário deve mudar, pois pessoas em idade produtiva e de baixa renda também são afetadas por esse tipo de doença. E no caso das pessoas de baixa renda, as taxas de mortalidade por conta de uma parada cardíaca são mais altas que no outro grupo.

A OMS em parceira com a Federação Internacional do Coração, promove em mais de 100 países atividade como caminhadas, exposições e ações de prevenção das doenças. Entre as prioridades para os próximos anos, a ONG divulgou o aumento de atenção para as doenças cardiovasculares na agenda global de saúde, a melhoria no atendimento a pacientes vítimas de doenças do coração e derrames, a promoção de dietas voltadas para o bem-estar do coração, a melhoria na detecção e controle da pressão alta no mundo, a promoção de atividades físicas para toda a população e o avanço na conquista de um mundo livre do tabaco.

Informações de Agência Brasil

30 de Setembro: DIA MUNDIAL DO CORAÇÃO





Nesta data, em que se comemora o Dia Mundial do Coração, torna-se imprescindível relembrar que, nos nossos dias, as doenças cardiovasculares ocupam o topo das causas de morbilidade e mortalidade. E, se, por um lado, a melhoria das condições de vida da população trouxe benefícios, por outro, também trouxe alguns inconvenientes. Estamos a comer abundantemente e de uma forma pouco saudável. Por exemplo, o abuso do sal favorece a hipertensão arterial que, actualmente, é a doença que afecta o maior número de pessoas a nível mundial. Em Portugal, cerca de um em cada quatro adultos é hipertenso, factor que contribui de forma muito significativa para as doenças cardiovasculares, nomeadamente o enfarte do miocárdio. Por este motivo, é aconselhável que todos os adultos avaliem, pelo menos uma vez por ano, a sua tensão arterial.
As dislipidémias, ou seja, o aumento dos níveis de colesterol/triglicéridos, é outro factor de risco que está directamente relacionado com os erros alimentares. Por exemplo, nos Açores, onde nos hábitos alimentares se inclui um grande consumo de gorduras saturadas, carne e lacticínios, a relação entre o enfarte e este consumo exagerado de gorduras parece inquestionável. Assim, todos nós, incluindo as crianças, devemos dar preferência às carnes magras (frango ou peru), peixe, azeite ou óleo vegetal e evitar bolos com creme, manteiga, carne de porco, nata do leite, gema de ovo, porque quando ingeridos em excesso fazem subir a taxa de colesterol.
A obesidade, pela predisposição à hipertensão, diabetes e à dislipidémia, é considerada um factor de risco muito importante para este tipo de doenças. Neste sentido, é desejável que o controlo do peso e hábitos alimentares saudáveis sejam uma preocupação constante.
A diabetes acelera o processo degenerativo vascular, logo, as complicações cardiovasculares são muito significativas. As pessoas com diabetes devem ter cuidados acrescidos no controlo da sua situação de saúde, não descurando os despistes periódicos da sua glicémia capilar.
O tabagismo, como é do conhecimento geral, é responsável, entre outras doenças, pelas patologias coronárias, pelo enfarte do miocárdio e até pela morte súbita. No nosso país, cerca de 23% da população é fumadora. Se, por um lado, reconhecemos que deixar de fumar não é tarefa fácil, por outro, é difícil compreender que pessoas esclarecidas mantenham este hábito tão nocivo à saúde, quer individual quer colectiva.
Podemos ainda falar do sedentarismo, factor que, tal como os já mencionados, também é modificável, já que nos estamos a tomar cada vez menos activos. Já não subimos escadas porque há o elevador, já não se joga à macaca, nem se anda de bicicleta ou de patins porque existem os computadores e consolas de mil e um jogos, e tornamo-nos dependentes do automóvel. Além disso, vivemos a correr contra o relógio e essa pressão social pode induzir, por si só, a um maior consumo de tabaco, ao aumento da tensão arterial e a uma alimentação desregrada.
Neste contexto, uma das nossas preocupações, é chamar a atenção para estes factores de risco e relembrar que são modificáveis, ou seja, podem ser corrigidos com a adopção de hábitos de vida saudáveis. No entanto, a saúde das pessoas não depende exclusivamente do esforço e do trabalho dos especialistas. Através da informação e formação da população, cada cidadão pode e deve assumir a responsabilidade da sua saúde e bem­-estar, contribuindo, assim, indirectamente, para haver mais e melhor saúde.
Só assim, considerando a saúde como o bem mais precioso que temos, é que podemos viver mais e, sobretudo, com mais qualidade.

Enfª Carla Duarte

Saber Cuidar: Procedimentos Basicos em Enfermagem

27 de setembro de 2011

24 de setembro de 2011

Aprenda a fazer um curativo em 6 passos

No dia-a-dia, todos estão sujeitos a se machucar e é preciso estar preparado para qualquer incidente. Saber fazer um curativo no momento em que o acidente ocorre é imprescindível, pois ele protege a ferida e previne uma grave infecção. Apesar de depender basicamente do tamanho da ferida e do tipo de acidente, é possível ter uma noção básica de como proteger um machucado. Saiba como fazer isso com estas dicas simples:



Passos

1Lave as mãos antes de manipular a ferida e começar o curativo.

2Limpe o local do ferimento com soro fisiológico ou água corrente.

3Seque a área em volta do machucado. Cuidado para não esfregar.

4Passe pomada no local. Muita atenção neste momento, pois é necessário saber qual o medicamento específico a ser colocado a depender do tipo de ferimento. Na dúvida, consulte um médico.

5Fixe o esparadrapo no local de acordo com o tamanho da ferida. Em certos locais, o esparadrapo não deve ser utilizado, como nas articulações, por exemplo. Nestes casos, utilize ataduras ou gaze. Estas devem ser colocadas de maneira que não afrouxem ou comprimam muito o machucado.

6Troque seu curativo a cada 12 horas. Assim, ele ficará sempre limpo e permitirá que o ferimento respire melhor.

Importante
•Não esqueça que cada caso é um caso. Machucados diferentes têm formas variadas de serem tratados. Portanto, qualquer dúvida deve ser retirada com um médico.
•Lave as mãos sempre que for mexer no machucado para evitar infecções.
•A alimentação balanceada cura o ferimento mais rapidamente.

22 de setembro de 2011

Manual de Vacinação




Início do trabalho diário

Antes de dar início às atividades diárias, a equipe executa os seguintes procedimentos:
Verifica se a sala está limpa e em ordem

Verifica e anota a temperatura do refrigerador ou refrigeradores, no mapa de controle diário de temperatura

Verifica o prazo de validade dos imunobiológicos, usando com prioridade aqueles que estiverem com prazo mais próximo do vencimento

Retira do refrigerador de estoque a quantidade de vacinas e diluentes necessária ao consumo na jornada de trabalho

Coloca as vacinas e os diluentes da jornada de trabalho na caixa térmica (com gelo reciclável ou gelo em sacos plásticos e com o termômetro), ou, quando disponível, no refrigerador para imunobiológicos que serão utilizados no dia de trabalho.

Triagem:

A triagem engloba as seguintes condutas:

Verificar se a pessoa está comparecendo à sala de vacinação pela primeira vez ou se é retorno

Para os que comparecem pela primeira vez, abrir o documento de registro da vacinação, o Cartão da Criança (figura II-2), por exemplo:



Cartão da Criança Cartão de Controle


Obter informações sobre o estado de saúde da pessoa a ser vacinada, a fim de observar as indicações e possíveis contra-indicações à administração dos imunobiológicos, evitando as falsas contra-indicações

Orientar sobre a importância da vacinação e do esquema básico de vacinação

Fazer o registro da vacina ou do soro a ser administrado, no espaço reservado dos documentos de registro:

O Cartão da Criança ou outro documento de vacinação, como, por exemplo, o Cartão do Adulto (figura II-4), carimbando e datando

A ficha de registro ou o Cartão de Controle (datando)

O Mapa Diário de Vacinação (registro imediato)

Fazer o aprazamento, ou seja, verificar a data de retorno do cliente para receber nova dose de vacina, quando necessário

Reforçar a orientação sobre a importância da vacinação e dos próximos retornos, se for o caso

Encaminhar a pessoa para receber o imunobiológico indicado;

Observação

Nos casos em que for indicada a administração de imunobiológicos especiais, encaminhar a pessoa para o Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE).


Administração dos imunobiológicos

Na administração dos imunobiológicos adotar os seguintes procedimentos:

Verificar qual o imunobiológico a ser administrado, conforme indicado no Cartão da Criança ou em outro documento para registro, ou conforme a indicação médica

Lavar as mãos com água e sabão

Examinar o produto, observando a aparência da solução, o estado da embalagem, o prazo de validade, a via de administração, o número do lote e a dosagem

Observações

O exame do imunobiológico pode ser feito logo no início da manhã ao separar os produtos para o dia de trabalho.

Esse exame não exclui a observação antes do preparo de cada administração.

Preparar e administrar o imunobiológico segundo a técnica específica

Observar reações imediatas

Rubricar no documento de registro, no espaço reservado para tal, e conferir o aprazamento, se for o caso

Reforçar as orientações, especialmente a data aprazada para o retorno

Desprezar o material descartável em recipiente adequado;

Lavar as mãos.

Observações

As orientações, além de considerar as especificidades de cada um dos imunobiológicos, incluem:

A indicação dos imunobiológicos e, quando for o caso, a necessidade do retorno na data agendada para receber as demais doses, ou para receber outros imunobiológicos

Os cuidados a serem observados após a administração do imunobiológico

A possível ocorrência de eventos adversos associados à vacinação

Os cuidados com a guarda do Cartão da Criança ou de outro documento, bem como a sua importância como registro do imunobiológico recebido.

2.2.5. Encerramento do trabalho diário

Ao final das atividades do dia, adotar os seguintes procedimentos:

Separar os cartões de controle ou as fichas de registro dos faltosos do dia, com a finalidade de organizar a busca de faltosos (ver tópico 6.5)

Arquivar os cartões de controle ou fichas de registro, conforme orientado nesta Parte, no tópico 6, item 6.3

Desprezar as sobras de vacinas que ultrapassaram o prazo estabelecido após abertura do frasco, conforme orientado nesta Parte, no tópico 3, item 3.2

Desprezar os frascos de vacina que estejam com o rótulo danificado

Retirar da caixa térmica, ou do refrigerador para imunobiológicos de uso diário, as demais vacinas que podem ser utilizadas no dia seguinte, recolocando-as no refrigerador de estoque

Verificar e anotar a temperatura do refrigerador, ou refrigeradores, no respectivo Mapa de Controle Diário de Temperatura

Guardar todo material, em local limpo e seco, de preferência em armário fechado;

Deixar a sala limpa e em ordem.

2.2.6. Encerramento do trabalho mensal

Ao final das atividades do mês, a equipe de vacinação deve adotar os seguintes procedimentos:

Somar as doses administradas, registradas no Mapa Diário de Vacinação, transferindo para o consolidado do Boletim Mensal de Doses Aplicadas

Fazer a revisão no arquivo de cartões de controle para convocação e busca de faltosos

Avaliar e calcular o percentual de utilização e perda de imunobiológicos

Avaliar as coberturas vacinais da área de abrangência do serviço de saúde.

3. Procedimentos de limpeza na sala de vacinação
A limpeza da sala de vacinação é feita diariamente, no final do turno de trabalho, e sempre que necessário.

A limpeza e sua manutenção têm como objetivos:

Prevenir infecções cruzadas
Proporcionar conforto e segurança à clientela e à equipe de trabalho
Manter um ambiente limpo e agradável.

17 de setembro de 2011

OS 12 MANDAMENTOS DA ENFERMAGEM





1º Não terás vida pessoal, familiar ou sentimental;
2º Não terás feriados, fins de semana ou qualquer tipo de folga;
3º Terás gastrite se tiver sorte; se for como os demais, terás úlceras;
4º A pressa será tua única amiga e as suas principais refeições serão os lanches, pizzas, China in Box, etc...;
5º Teus cabelos ficarão brancos antes do tempo, isso se sobrarem cabelos;
6º Tua sanidade mental será posta em cheque antes que complete cinco anos de trabalho;
7º Trabalho será seu assunto preferido, talvez o único;
8º A máquina de café será a sua melhor colega de trabalho;
9º Happy Hours serão excelentes oportunidades de ter algum tipo de contato com outras pessoas transtornadas como você;
10º Terás sonhos com pacientes e, não raro, resolverás problemas dos mesmos nesse período de sono;
11º Exibirás olheiras como troféus de guerra;
12º E, pior...
INEXPLICAVELMENTE AMARÁS TUDO ISSO!!!

16 de setembro de 2011

Bandagem

1. INTRODUÇÃO

Bandagem é a aplicação de faixa de tecidos, gazes, crepom, elástica, que se adapta de modo confortável a uma região do corpo. Tem como finalidades: exercer pressão sobre uma parte do corpo; imobilizar uma região; fixar curativos, proteger feridas, manter estética no curativo; possibilidade de maior mobilidade (nutrição da cartilagem, evitar atrofia muscular, trabalho linfático e venoso); reabsorção de hematomas e edemas e melhora a propriocepção no caso do uso de bandagens no ombro método utilizado na fisioterapia.

2.DESENVOLVIMENTO

Os procedimentos que devem ser seguidos para a aplicação da bandagem são:

-Posicionar a parte do corpo a ser enfaixada em uma posição confortável de alinhamento anatômico normal. As faixas provocam imobilização executada em posição de funcionamento normal da parte do corpo envolvida reduz os riscos de deformações ou lesões.
-Evitar o atrito entre e contra as superfícies de pele aplicando gaze ou coxins de algodão. As superfícies de pele em contato (como por exemplo, entre os dedos, abaixo das mamas) podem roçar entre si provocando escoriações ou irritação local. Faixas colocadas sobre protuberâncias ósseas podem roçar contra a pele e provocar rupturas.
-Colocar as faixas firmemente para evitar que escorreguem durante a movimentação do paciente. A fricção entre a faixa e a pele pode provocar rupturas da pele.
-Ao enfaixar as extremidades, colocar a faixa firmemente, com igual tensão exercida sobre cada volta. Evitar o excesso de superposição de camadas de faixas. Este procedimento evita a distribuição desigual de pressão sobre a parte do corpo enfaixada. A pressão localizada provoca o comprometimento circulatório.
-Posicionar esparadrapo, nós ou laçadas longe de feridas ou de quaisquer áreas sensíveis da pele. Os esparadrapos e laços utilizados para fixar as faixas podem exercer pressão localizada e irritação.



Observações:

01. Deve-se explicar o que vai fazer ao paciente antes de se iniciar o procedimento.
02. Colocar-se de frente para o paciente.
03. Colocar a atadura sobre o segmento corporal, de modo que o rolo se abra para cima. Na primeira e segunda volta fazer a lacinia.
04. Aplicar no sentido do ponteiro de um relógio, salvo se a pessoa é canhota.
05. Segurar a extremidade com a mão esquerda, enquanto a direita leva o rolo.
06. Ao passar a atadura, as duas mãos devem tracionar o rolo uniformemente.
07. Desenrolar a atadura à medida que for atingindo a superfície corporal.
08. Correr com o rolo sempre da esquerda para a direita.
09. Todas as voltas deverão sempre percorrer o caminho mais curto; do contrário deslocam-se com facilidade.
10. A porção terminal da atadura não deverá ser aplicada em parte do corpo que se estreita porque se desajusta facilmente.
11. A largura da atadura deve ser de acordo com o diâmetro do membro ou parte do corpo a ser enfaixado.
12. Caso queira exercer compressão maior, as ataduras deverão ser acolchoadas.
13. Caso seja necessário um segundo rolo de atadura, coloca-se a sua extremidade inicial sob a extremidade terminal primeira.
14. Para se retirar a atadura caso ela esteja aderente, deve-se umedece-la com soro fisiológico aquecido. Devem ser removidas com luvas e colocadas em saco plástico. Ao retira-la deve-se ir gradativamente enrolando-a.

Tipos de enfaixamento:


CIRCULAR:








A volta da faixa superpõe completamente a volta anterior.
Finalidade: Prende uma faixa na primeira e na ultima volta, cobre uma parte do corpo de tamanho reduzido (por exemplo, dedo da mão ou do pé).




Espiral
A faixa vai subindo pela parte do corpo e cada volta vai se sobrepondo à volta anterior cobrindo a metade ou dois terços da faixa.
Finalidade: Cobre partes cilíndricas do corpo, tais como, cintura ou extremidades superiores.


ESPIRAL INVERSA:

A volta exige uma torção (inversa) da faixa na metade do caminho de cada rotação.
Finalidade: Cobre partes do corpo em forma de cone, tais como, o antebraço, coxa ou panturrilha; é útil com bandagens inelásticas, tais como, gaze ou flanela.


EM OITO:
Rotações da faixa em superposições oblíquas e alternadas, subindo e descendo sobre a parte enfaixada; cada volta cruza a anterior para formar a figura de um oito.
Finalidade: Cobre as articulações; o ajuste apertado de faixa fornece uma excelente imobilização.


RECORRENTE:




A faixa é primeiramente segura com duas voltas circulares ao redor da extremidade proximal da parte do corpo em questão; faz-se uma meia-volta perpendicular para cima a partir da ponta da faixa; o corpo da afixa é trazido sobre a extremidade distal da parte do corpo a ser coberta e cada volta é dobrada sobre si mesma.
Finalidade: Cobre partes irregulares do corpo, tais como, a cabeça ou um membro amputado.

15 de setembro de 2011

Aplicação de Calor e Frio

A aplicação externa de calor ou frio é um dos tratamentos mais antigos. É eficaz e proporciona efeito imediato.

O calor atua relaxando os músculos e facilitando a circulação através da vasodilatação, acalmando assim a dor e diminuindo um pouco e impedindo o edema local.

O frio age pela contração dos vasos sanguíneos, a dor local e impede a formação de hematomas e abcessos. Em certos tipos de ferimentos abertos, controla a hemorragia.


O que é o tratamento Frio ou Calor?

Toda vez que sofremos um traumatismo físico, o primeiro sinal é a dor. A dor evita que continuemos a traumatizar a região e conseqüentemente diminui os efeitos da lesão (inflamação). Nosso corpo apresenta receptores nervosos que são estimulados quando ocorre o trauma e causam a dor. Algumas substâncias químicas são liberadas na hora da lesão e levam a um aumento no calibre do vaso sanguíneo. A conseqüência disto é o aparecimento do inchaço (edema), o aumento do calor local e a vermelhidão (hiperemia). Estes sinais são conhecidos como processo inflamatório.


Como é feito esse tratamento?

O combate a este processo inflamatório através do gelo (crioterapia), ocorre pelo resfriamento do local lesionado ocorrendo uma diminuição do metabolismo local assim como do sangramento e do hematoma através da constrição do vaso sanguíneo resultando na diminuição do inchaço. A dor diminui devido ao bloqueio dos impulsos dolorosos emitidos pêlos receptores nervosos locais. A temperatura local após a compressa fria dependerá do tempo de aplicação, área aplicada e temperatura da compressa. De uma forma geral o frio é o tratamento de escolha para os traumas agudos (até 72 h do trauma) ou conforme orientação médica. Colocamos a compressa fria à temperatura de 5 a 10 graus, durante 15 minutos com intervalo mínimo de 1 hora. O frio não tem efeito em processos inflamatórios crônicos. Há vários métodos de aplicação de frio como massagem com gelo, imersão, bolsa de gel, frio químico, etc.

O tratamento com uso de calor local ou termoterapia é melhor indicado na fase de reabilitação pós traumática. Sua analgesia é devido à diminuição dos impulsos nervosos que estimulam a dor, por um aumento da irrigação sanguínea local e melhora do espasmo muscular, do movimento articular e flexibilidade. O calor superficial é feito através de bolsas térmicas (água e gel), a forma mais fácil e corriqueira de aplicação de calor. Deverá ser usado durante aproximadamente trinta minutos e sua temperatura não deverá ser superior à da água de um banho quente de chuveiro. Já o calor profundo é feito através de aparelhos de ultra-som e ondas curtas e deverá ser supervisionado por médico e fisioterapeuta.

O contraste

Os banhos de contraste com frio e calor são bastante empregados nas recuperações de fraturas e lesões ligamentares, numa fase tardia. As ações vasodilatadoras do calor e vasoconstritoras do frio, alternadas, ajudam a diminuir o processo inflamatório e o inchaço.

DICAS:

Tanto o uso de calor quanto o do frio em pacientes com alterações neurológicas (sensibilidade), vasculares ou psíquicas, deve ser supervisionado por médico, pois do contrário poderão ocorrer lesões locais graves e de difícil tratamento.

Fonte: ALTANA (www.altanapharma.com.br)

APLICAÇÕES QUENTES

Tem como indicação proporcionar conforto e bem estar, aliviando a dor e inflamação.

O calor é aplicação através de: bolsas de água quente, compressas quentes.

Material:

Bolsa de borracha, forro para cobrir a bolsa, de preferência flanela, água quente a 55ºC.

TÉCNICA PARA APLICAÇÃO DE BOLSA DE ÁGUA QUENTE:

- certificar-se do local que deverá receber a aplicação;

- orientar o paciente sobre o procedimento;

- reunir o material;

- testar as condições da bolsa, para não ocorrer vazamento;

- colocar a água quente na bolsa, retirar todo o ar do interior da mesma e fecha-la.

- Virar a bolsa com o gargalho para baixo, observar se está bem fechada e enxuga-la.

- Cobrir a bolsa com o forro e observar se a temperatura através do pano está adequada.

- Aplicar no local indicado e deixar no local no mínimo 20 minutos e no máximo 40 minutos;

- Avaliar as condições da pele no local, 2 ou 3 minutos após a aplicação da bolsa para certificar-se de que essa temperatura não vai causar queimaduras no paciente.;

- Terminada a aplicação, retirar a bolsa e manter a região agasalhada para evitar corrente de ar.

- Deixar o paciente em ordem e confortável;

- Esvaziar a bolsa e pendura-la com o gargalho para baixo até secar;

- Anotar o procedimento e o efeito no relatório.


APLICAÇÕES FRIAS

Tem como indicação acalmar a dor, diminuir a congestão local, abaixar a febre e controlar hemorragia.

A aplicação fria é realizada através de bolsa de gelo e de compressas geladas.

Material:

Bolsa de borracha, tecido para cobrir a bolsa e gelo picado.

TÉCNICA PARA APLICAÇÃO DE BOLSA DE GELO

- seguir os mesmos cuidados descritos na aplicação de bolsa quente e mais.

- Colocar as pedras de gelo na bolsa, enchendo até a metade;

- Fechar a bolsa, testar se não há vazamento e enxuga-la

- Envolver a bolsa com a coberta, (toalha, flanela)

- Aplicar no local e deixar o tempo que for indicado, conforme prescrição médica;

- Trocar o gelo sempre que necessário se o tempo da aplicação for prolongado.

- Retirar a bolsa ao termino da aplicação, verificar o local observando o resultado;

- Deixar o paciente confortável e em ordem

Anotar o procedimento e o resultado no relatório de enfermagem.

Cuidados importantes

- Observar constantemente a área de aplicação. Qualquer alteração da pele e queixas do paciente, suspender o procedimento e comunicar o médico.

- Em pacientes idosos, inconscientes, desnutridos e crianças deve se ter cautela quanto ao limite da temperatura, devido à maior sensibilidade da pele.

- Nunca colocar bolsa com água quente debaixo do paciente para evitar compressão excessiva da mesma, pois resulta em vasamento, e queimaduras ao paciente.

- Não fazer aplicação de bolsa de gelo além de 30 minutos devido ao risco de causar necrose.

5 de setembro de 2011

Sinais Vitais - PRESSÃO ARTERIAL



Pressão ou tensão arterial é um parâmetro de suma importância na investigação diagnóstica, sendo obrigatório em toda consulta de qualquer especialidade; relacionando-se com o coração, traduz o sistema de pressão vigente na árvore arterial. É medida com a utilização do esfigmomanômetro e do estetoscópio.

Pressão Arterial
É a medida da força do sangue contra as paredes das artérias. A medida da pressão arterial compreende a verificação da pressão máxima chamada sistólica e pressão mínima diastólica.

- Valores normais para um adulto:

Pressão sistólica: 140x90mmHg

Pressão diastólica: 90x60mmHg

ESFIGMOMANÔMETRO - É o instrumento utilizado para a medida da pressão arterial. Foi idealizado por três cientistas: VonBasch (1880), Riva-Ricci (1896) e Korotkoff (1905). O tamanho do aparelho depende da circunferência do braço a ser examinado, sendo que a bolsa inflável do manguito deve ter uma largura que corresponda à 40% da circunferência do braço, sendo que seu comprimento deve ser de 80%; manguitos muito curtos ou estreitos podem fornecer leituras falsamente elevadas. O esfigmomanômetro pode ser de coluna de mercúrio para a medida da pressão, ou aneróide. Existem aparelhos semi-automáticos que se utilizam do método auscultatório e oscilométrico, com grau de confiabilidade variável, devido sofrerem com freqüência alterações na calibração.

manômetro

manguito


ESTETOSCÓPIO - Existem vários modelos, porém os principais componentes são: Olivas auriculares: são pequenas peças cônicas que proporcionam uma perfeita adaptação ao meato auditivo, de modo a criar um sistema fechado entre o ouvido e o aparelho.

Armação metálica: põe em comunicação as peças auriculares com o sistema flexível de borracha; é provida de mola que permite um perfeito ajuste do aparelho.

Tubos de borracha: possuem diâmetro de 0,3 a 0,5 cm. e comprimento de 25 a 30 cm.

Receptores: existem dois tipos fundamentais: o de campânula de 2,5 cm. que é mais sensível aos sons de menor freqüência e o diafragma que dispõe de uma membrana semi-rígida com diâmetro de 3 a 3,5 cm., utilizado para ausculta em geral.






FATORES DETERMINANTES DA PRESSÃO ARTERIAL

A pressão arterial é determinada pela relação PA = DC x RP, onde DC é o débito cardíaco e RP significa resistência periférica, sendo que cada um desses fatores sofre influência de vários outros.

O débito cardíaco é resultante do volume sistólico (VS) multiplicado pela freqüência cardíaca (FC), sendo que o volume sistólico é a quantidade de sangue que é expelida do ventrículo cardíaco em cada sístole (contração); as variações do débito cardíaco são grandes, sendo em média de 5 a 6 litros por minuto, podendo chegar a 30 litros por minuto durante um exercício físico.

A resistência periférica é representada pela vasocontratilidade da rede arteriolar, sendo este fator importante na regulação da pressão arterial mínima ou diastólica; ela é dependente das fibras musculares na camada média dos vasos dos vasos, dos esfíncteres pré-capilares e de substâncias humorais como a angiotensina e catecolamina.

A distensibilidade é uma característica dos grandes vasos, principalmente da aorta que possuem grande quantidade de fibras elásticas. Em cada sístole o sangue é impulsionado para a aorta, acompanhada de uma apreciável energia cinética, que é em parte absorvida pela parede do vaso, fazendo com que a corrente sanguínea progrida de maneira contínua. A diminuição da elasticidade da aorta, como ocorre em pessoas idosas, resulta de aumento da pressão sistólica sem elevação da diastólica.

A volemia interfere de maneira direta e significativa nos níveis da pressão arterial sistólica e diastólica; com a redução da volemia, que ocorre na desidratação e hemorragias, ocorre uma diminuição da pressão arterial.

A viscosidade sangüínea também é um fator determinante, porém de menor importância; nas anemias graves, podemos encontrar níveis mais baixos de pressão arterial, podendo estar elevados na poliglobulia.

TÉCNICA - Após a lavagem das mãos, reunir todo o material e dirigir-se à unidade do paciente, orientando-o para o procedimento. O mesmo deve estar em repouso por pelo menos cinco minutos, em abstenção de fumo ou cafeína nos últimos 30 minutos; o braço selecionado deve estar livre de vestimentas, relaxado e mantido ao nível do coração (aproximadamente no quarto espaço inter-costal); quando o paciente está sentado, coloca-se o braço por sobre uma mesa; a pressão arterial poderá estar falsamente elevada caso a artéria braquial fique abaixo do nível do coração.

O pulso braquial deve ser palpado para o diagnóstico de sua integridade A bolsa inflável deve ser centralizada por sobre a artéria braquial, sendo que a margem inferior do manguito deve permanecer 2,5 cm. acima da prega anti-cubital; prende-se o manguito e posiciona-se o braço de modo que fique levemente fletido.



Método palpatório: insufla-se o manguito, fechando-se a válvula e apertando-se a “pera” rapidamente até o desaparecimentodo pulso radial, verifica-se o valor e acrescenta-se 30 mmHg. Após, desinsufla-se lenta e completamente o manguito até o aparecimento do pulso, o que é considerado a pressão arterial máxima. Desinsufla-se a seguir o manguito rapidamente. O método palpatório só permite a verificação da pressão arterial máxima.

Método auscultatório: coloca-se o diafragma do estetoscópio suavemente por sobre a artéria braquial; insufla-se o manguito suavemente até o nível previamente determinado (30 mmHg acima da pressão arterial máxima verificada pelo método palpatório) e em seguida desinsufla-se lentamente, à uma velocidade de 2 a 3 mmHg por segundo. Verifica-se o nível no qual os ruídos (de Korotkoff) são auscultados, o que corresponde à pressão arterial máxima. Continua-se baixando a pressão até o abafamento das bulhas e a seguir o desaparecimento completo dos ruídos de Korotkoff, o que corresponde à pressão arterial mínima. Em algumas pessoas, o ponto de abafamento e o de desaparecimento ficam muito afastados, e em raras situações chegam a não desaparecer. A diferença entre a pressão arterial máxima e mínima é chamada de pressão de pulso. Durante a ausculta dos ruídos (de Korotkoff), pode existir uma ausência temporária dos mesmos, sendo este fenômeno chamado de hiato auscultatório, comum em hipertensos graves a em patologias da vávula aórtica.


Notas complementares

variações na posição e na pressão do receptor do estetoscópio interferem com o resultado dos níveis tencionais.

a pressão arterial deve ser medida em ambos os braços.
as diferenças de pressão acima de 10 mmHg sugerem obstrução ou compressão arterial do lado de menor pressão
evitar a congestão das veias do braço, pois dificulta a ausculta
a roupa da paciente não deve fazer constrição no braço
a presença de arritmias importantes interfere na medida da PA
a medida da PA deve ser sempre medida em condições basais.
a PA pode ser medida nas coxas, porém com manguitos especiais e com o estetoscópio localizado no oco poplíteo
em pacientes obesos, a maior circunferência do braço determina níveis pressóricos falsamente elevados, sendo conveniente nesses casos a mediada da PA no ante-braço, com o estetoscópio sobre a artéria radial.
em crianças, na determinação da PA diastólica, leva-se em conta a diminuição dos ruídos de Korotkoff, já que o desaparecimento pode não ocorrer.
VALORES NORMAIS DA PRESSÃO ARTERIAL - Os valores máximos estabelecidos pelo Consenso Brasileiro da Sociedade Brasileira de Cardiologia par indivíduos acima de 18 anos é de 140/90 mmHg. A pressão arterial sistólica como a diastólica podem estar alteradas isolada ou conjuntamente.

VARIAÇÕES FISIOLÓGICAS

Idade - em crianças é nitidamente mais baixos do que em adultos

Sexo - na mulher é pouco mais baixa do que no homem, porém na prática adotam-se os mesmos valores

Raça - as diferenças em grupos étnicos muito distintos talvez se deva à condições culturais e de alimentação.

Sono
- durante o sono ocorre uma diminuição de cerca de 10% tanto na sistólica como na diastólica

Emoções - há uma elevação principalmente da sistólica

Exercício físico - provoca intensa elevação da PA, devido ao aumento do débito cardíaco, existindo curvas normais da elevação da PA durante o esforço físico. (testes ergométricos).

Alimentação - após as refeições, há discreta elevação, porém sem significado prático.

Mudança de posição - a resposta normal quando uma pessoa fica em pé ou sai da posição de decúbito, inclui uma queda da PA sistólica de até 15 mmHg e uma leve queda ou aumento da diastólica de 5 a 10 mmHg. Pode ocorrer hipotensão postural (ortostática), que se acompanha de tontura ou síncope; as três causas mais comuns da hipotensão ortostática: depleção do volume intra-vascular, mecanismos vaso-constrictores inadequados e efeito autônomo insuficiente sobre a constrição vascular

3 de setembro de 2011

Sinais Vitais - Respiração.

A respiração é a troca de gases dos pulmões com o meio exterior, que tem como objetivo a absorção do oxigênio e eliminação do gás carbônico.

Valores normais:

Homem: - 16 a 18 mpm (movimentos por minuto)

Mulher: - 18 a 20 mpm

Criança: - 20 a 25 mpm

Lactentes: - 30 a 40 mpm

ALTERAÇÕES DA RESPIRAÇÃO

Dispnénia: é a respiração difícil, trabalhosa ou curta. É sintoma comum de várias doenças pulmonares e cardíacas; pode ser súbita ou lenta e gradativa.

Ortopnéia: é a incapacidade de respirar facilmente, exceto na posição ereta.

Taquipnéia : respiração rápida, acima dos valores da normalidade, freqüentemente pouco profunda.

Bradipnéia : respiração lenta, abaixo da normalidade.

Apnéia: ausência da respiração

MATERIAL

Relógio com ponteiro de segundos

Papel e caneta para anotações


TÉCNICA

Lavar as mãos

Orientar o paciente quanto ao exame

Não deixar o paciente perceber que estão sendo contados os movimentos

Contagem pelo período de 1 minuto

Lavar as mãos no término

Anotar no prontuário.



2 de setembro de 2011

Sinais Vitais - parte 2

PULSO

A palpação do pulso é um dos procedimentos clínicos mais antigos da prática médica, e representa também um gesto simbólico, pois é um dos primeiros contato físico entre o médico e o paciente.

FISIOLOGIA - Com a contração do ventrículo esquerdo há uma ejeção de um volume de sangue na aorta, e dali, para a árvore arterial, sendo que uma onda de pressão desloca-se rapidamente pelo sistema arterial, onde pode ser percebida como pulso arterial. Portanto o pulso é a contração e expansão alternada de uma artéria

LOCAIS - As artérias em que com freqüência são verificados os pulsos: artéria radial, carótidas, braquial, femurais, pediosas, temporal, poplítea e tibial posterior. Nessas artérias pode ser avaliado: o estado da parede arterial, a freqüência, o ritmo, a amplitude, a tensão e a comparação com a artéria contra-lateral.
Pulso
O pulso radial é habitualmente o mais verificado.

Média normal do pulso:

Lactentes: - 110 a 130 bpm (batimentos por minuto)

Abaixo de 7 anos: - 80 a 120 bpm

Acima de 7 anos: - 70 a 90 bpm

Puberdade: - 80 a 85 bpm

Homem: - 60 a 70 bpm

Mulher: - 65 a 80 bpm

Acima dos 60 anos: - 60 a 70 bpm

CARACTERÍSTICAS DO PULSO

PAREDE ARTERIAL - A parede do vaso não deve apresentar tortuosidades, sendo facilmente depressível; na aterosclerose, ocorre deposição de sais de cálcio na parede dos vasos, sendo que à palpação notamos o mesmo endurecido, irregular, tortuoso, recebendo o nome de traquéia de passarinho.

FREQÜÊNCIA - A contagem deve ser sempre feita por um período de 1 minuto, sendo que a freqüência varia com a idade e diversas condições físicas. Na primeira infância varia de 120 a 130 bat/min.; na segunda infância de 80 a 100 e no adulto é considerada normal de 60 a 100 batimentos por minuto, sendo que acima do valor normal, temos a taquisfigmia e abaixo bradisfigmia. Na prática diária, erroneamente usamos os termos respectivamente de taquicardia e bradicardia, pois nem sempre o número de pulsações periféricas corresponde aos batimentos cardíacos. Está aumentada em situações fisiológicas como exercício, emoção, gravidez, ou em situações patológicas como estados febris, hipertiroidismo, hipovolemia entre muitos outros. A bradisfigmia pode ser normal em atletas.

RITMO - É dado pela seqüência das pulsações, sendo que quando ocorrem a intervalos iguais, chamamos de ritmo regular, sendo que se os intervalos são ora mais longos ora mais curtos, o ritmo é irregular. A arritmia traduz alteração do ritmo cardíaco.

AMPLITUDE OU MAGNITUDE - É avaliada pela sensação captada em cada pulsação e está diretamente relacionada com o grau de enchimento da artéria na sístole e esvaziamento na diástole.

TENSÃO OU DUREZA - É avaliada pela compressão progressiva da artéria, sendo que se for pequena a pressão necessária para interromper as pulsações, caracteriza-se um pulso mole. No pulso duro a pressão exercida para desaparecimento do pulso é grande e pode indicar hipertensão arterial.

COMPARAÇÃO COM ARTÉRIA HOMÓLOGA - É sempre obrigatório o exame de pulso da artéria contra-lateral, pois a desigualdade dos pulsos podem identificar lesões anatômicas.

PROCEDIMENTO

Lavar as mãos
Orientar o paciente quanto ao procedimento
Colocar o paciente em posição confortável, sentado ou deitado, porém sempre com o braço apoiado
Realizar o procedimento de acordo com a técnica descrita abaixo
Contar durante 1 minuto inteiro
Lavar as mãos
Anotar no prontuário
Técnica Pulso radial: a artéria radial encontra-se entre a apófise estilóide do rádio e o tendão dos flexores, sendo que para palpá-los emprega-se os dedos indicador e médio, com o polegar fixado no dorso do punho do paciente, sendo que o examinador usa a mão direita para examinar o pulso esquerdo e vice versa.

Pulso carotídeo: as pulsações da carótida são visíveis e palpáveis medialmente aos músculos esternocleidomastoideos. Para sua palpação, devemos colocar o polegar esquerdo (ou o indicador e dedo médio) sobre a carótida direita e vice-versa, no terço inferior do pescoço, adjacente à margem medial do músculo esternocleiomastoideo bem relaxado, aproximadamente ao nível da cartilagem cricóide.

Pulso braquial: colocar a mão oposta por debaixo do cotovelo do paciente e utilizar o polegar para palpar a artéria braquial imediatamente medial ao tendão do músculo bíceps, sendo que o braço do paciente deve repousar com o cotovelo esticado e as palmas da mão para cima.
Pulso Carotídeo
Pulso Radial.





Pulso Braquial























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